sábado, 2 de novembro de 2013

EMEI BAMBALALÃO




PROPOSTA POLÍTICA
PEDAGÓGICA

Plano orientador das práticas pedagógicas de cuidar e educar e brincar.
Metas, ações e procedimentos para a aprendizagem e desenvolvimento das crianças.



Vigência a partir de 2013


1.0 - PRINCÍPIOS NORTEADORES

1.1 – Princípios Éticos
Formação da criança para o exercício progressivo da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade e do respeito ao bem comum.

1.2 – Princípios Políticos
Formação da criança para o exercício progressivo dos direitos e dos deveres de cidadania, da criticidade e do respeito à ordem democrática.

1.3 – Princípios Estéticos
Formação da criança para o exercício progressivo da sensibilidade, da criatividade, da ludicidade e da diversidade de manifestações artísticas e culturais.

2.0 - CRITÉRIOS DE QUALIDADE
Número de crianças por professor e tamanho das turmas de acordo com o espaço físico e a faixa etária das crianças.
Parceria com a família nos cuidados e educação das crianças.
Ambiente amplo, arejado, pátios cobertos e descobertos, solários, refeitórios amplos e divididos por faixa etária, arquitetura dos banheiros de acordo com a faixa etária, cozinha ampla, jardins e arborização.
Organização dos espaços e cantos conforme os interesses e necessidades das crianças.
Oferta de brinquedos, objetos e proposta de atividades que contribuam para a construção da identidade e progressiva autonomia da criança.
Estímulo constante às interações entre crianças de diversas faixas etárias e funcionários.
Valorização da natureza e do meio ambiente.
Alimentação elaborada por nutricionistas, balanceada, colorida.
Supervisão constante da disposição física e emocional das crianças.
Oferta de ambiente exclusivo para amamentação do bebê.
Cuidado constante com a higiene.
Interesse pelo que as crianças falam e sentem.
Envolvimento afetivo dos educadores com a criança, vontade de atendê-la em suas necessidades e interesses, e disponibilidade para brincar.
Ampla programação de atividades de música, matemática, artes, linguagens e movimento.
Valorização do pensamento lúdico e das rodas de conversa e história.
Respeito ao tempo de desenvolvimento e aprendizagem de cada criança.
Valorização dos saberes das crianças e da cultura familiar e local.
Reconhecimento da indissociabilidade das práticas de cuidar e educar.
Estímulo ao desenvolvimento profissional e acadêmico dos educadores

3.0 - OBJETIVOS DA ESCOLA
I – Promover um ambiente acolhedor e favorável ao desenvolvimento integral da criança, em seus aspectos físicos, afetivos, cognitivos, sociais e culturais;
II - Exercer atividade complementar à ação da família no cuidado e educação da criança;
III - Utilizar metodologias pedagógicas apropriadas ao nível de desenvolvimento da criança, respeitando-a como ser único, indivisível, sujeito de sua história;
IV - Mediar e avaliar o desenvolvimento da criança sem o objeto de promoção, provendo meios de garantir seu desenvolvimento físico, cognitivo, emocional, ético, estético, lingüístico e social;
V - Formar cidadãos conscientes de seus direitos e deveres;
VI - Promover a integração Escola-Família-Comunidade;
VII - Desenvolver estudos sobre novas concepções de criança, emanadas pela Constituição Federal de 1988; Estatuto da Criança e do Adolescente; Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96, legislação internacional, nacional, estadual e municipal, incorporando conceitos ao Projeto Político-Pedagógico;
VIII - Envolver os educadores e a comunidade na elaboração da Proposta Pedagógica e do Plano Gestor;
IX – Promover a convivência entre crianças e entre adultos e crianças;
X – Promover igualdade de condições de acesso, permanência e sucesso na escola entre crianças de diferentes classes sociais;
XI – Construir novas formas de sociabilidade e de subjetividades comprometidas com a ludicidade, a democracia, a sustentabilidade do planeta e com o rompimento de relações de dominação etária, socioeconômica, étnico-racial, de gênero, regional, lingüística e religiosa;
XII – Promover a gestão democrática e participativa.

4.0 - CONCEPÇÃO DE CRIANÇA
A criança é sujeito histórico e cidadão de direitos único, completo e, ao mesmo tempo, em desenvolvimento, integrando as dimensões: afetiva, intelectual, física, moral e social, que nas relações e práticas cotidianas que vivencia, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade, e conquista sucessivos graus de autonomia frente às condições do seu meio. 

5.0 - CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO INFANTIL
As funções de educar e cuidar devem estar integradas, não havendo diferenciação nem hierarquização dos profissionais, pois são atividades indissociáveis, plenamente integradas no contexto pedagógico.
A aprendizagem ocorre de maneira integrada no processo de desenvolvimento infantil, através das brincadeiras espontâneas ou provocadas e pelo oferecimento de elementos da cultura, linguagens, expressões e pelas interações sociais.
Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e estar com os outros em atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças, aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural.
A educação deve contribuir para o desenvolvimento das capacidades de apropriação e conhecimento das potencialidades corporais, afetivas, emocionais, estéticas e éticas, na perspectiva de contribuir para a formação de crianças felizes e saudáveis.

6.0 - CONCEPÇÃO DE PROFESSOR DE EDUCAÇÃO INFANTIL
O trabalho com crianças pequenas exige do professor uma competência polivalente. Ser polivalente significa que ao professor cabe trabalhar com conteúdos de naturezas diversas que abrangem desde cuidados básicos essenciais até conhecimentos específicos provenientes de diversas áreas do conhecimento. Este caráter polivalente demanda uma formação bastante ampla do profissional que deve tornar-se, ele também, um aprendiz, refletindo constantemente sobre sua prática, debatendo com seus pares, dialogando com as famílias e a comunidade e buscando informações necessárias para o trabalho que desenvolve. São instrumentos para reflexão sobre a prática direta com as crianças a observação, o registro, o planejamento e a avaliação.
Professores de Desenvolvimento Infantil são protetores, mestres e amigos dos pequeninos. Zelam pelo bem-estar das crianças, auxiliam-nas em suas necessidades de higiene, saúde e alimentação incentivando a sua progressiva autonomia. Cuidam das necessidades afetivas da criança dando amor, carinho e atenção. Oferecem experiências de aprendizagem de por intermédio do brincar. Os valores de respeito e cooperação são desenvolvidos como regra de conduta nos diversos relacionamentos entre crianças e educadores. Os professores precisam ser amorosos, falar com segurança, conhecimento e respeito pelas crianças, considerando-as seres especiais que necessitam de cuidados e orientação para a conquista de autonomia e satisfação de suas necessidades afetivas, físicas, cognitivas e sociais.

7.0 - CAPACIDADES DE DESENVOLVIMENTO DAS CRIANÇAS
A educação tem por função criar condições para o desenvolvimento integral de todas as crianças, considerando, também, as possibilidades de aprendizagem que apresentam nas diferentes faixas etárias. Para que isso ocorra, faz-se necessário uma atuação que propicia o desenvolvimento de capacidades envolvendo aquelas de ordem física, afetiva, cognitiva, ética, estética, de relação interpessoal e inserção social.                                           
As capacidades de ordem física estão associadas a possibilidades de apropriação e conhecimento das potencialidades corporais, ao rumo do conhecimento, ao uso do corpo na expressão das emoções, ao deslocamento com segurança.
As capacidades de ordem cognitiva estão associadas ao desenvolvimento dos recursos para pensar, o uso e apropriação de formas de representação e comunicação envolvendo resolução de problemas.                                          
As capacidades de ordem afetiva estão associadas à construção da autoestima, às atitudes no convívio social, à compreensão de si mesmo e dos outros.                                      
As capacidades de ordem estética estão associadas à possibilidade de produção artística e apreciação desta produção oriunda de diferentes culturas.                                                      
As capacidades de ordem ética estão associadas à possibilidade de construção de valores que norteiam a ação das crianças.                                                    
As capacidades de relação interpessoal estão associadas à possibilidade de estabelecimento de condições para o convívio social. Isso implica aprender a conviver com as diferenças de temperamentos, de intenções, de hábitos e costumes, de cultura etc.                
As capacidades de inserção social estão associadas à possibilidade de cada criança perceber-se como membro participante de um grupo de uma comunidade e de uma sociedade.                                                                                                                              

                                                                                                                                      8.0 - METAS PROPOSTAS PARA AS CRIANÇAS
I - Desenvolver uma imagem positiva de si, atuando de forma cada vez mais independente, com confiança em suas capacidades e percepção de suas limitações;
II - Descobrir e conhecer progressivamente seu próprio corpo, suas potencialidades e seus limites, desenvolvendo e valorizando hábitos de cuidado com a própria saúde e bem-estar;
III - Estabelecer vínculos afetivos e de troca com adultos e crianças, fortalecendo sua autoestima e ampliando gradativamente suas possibilidades de comunicação e interação social;
IV - Estabelecer e ampliar cada vez mais as relações sociais, aprendendo aos poucos a articular seus interesses e pontos de vista com os demais, respeitando a diversidade e desenvolvendo atitudes de ajuda e colaboração;
V - Observar e explorar o ambiente com atitude de curiosidade, percebendo-se cada vez mais como integrante, dependente e agente transformador do meio ambiente e valorizando atitudes que contribuam para sua conservação;
VI - Brincar, expressando emoções, sentimentos, pensamentos, desejos e necessidades;
VII - Utilizar as diferentes linguagens (corporal, musical, plástica, oral e escrita) ajustadas às diferentes intenções e situações de comunicação, de forma a compreender e ser compreendido, expressar suas idéias, sentimentos, necessidades e desejos e avançar no seu processo de construção de significados, enriquecendo cada vez mais sua capacidade expressiva;
VIII - Conhecer algumas manifestações culturais, demonstrando atitudes de interesse, respeito e participação em frente a elas e valorizando a diversidade.                                                        

9.0 - CURRÍCULO
 É o conjunto de práticas que buscam articular as experiências e os saberes das crianças com os conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural, artístico, ambiental, científico e tecnológico, e a formação de habilidades para a aquisição de autonomia, de forma a promover o desenvolvimento integral de crianças.
Assegurar a integralidade e indivisibilidade das dimensões expressivo-motora, cognitiva, linguística, ética, estética e sociocultural das crianças.
Considerar a indissociabilidade dos cuidados ao processo educativo.
Estabelecer mecanismos que garantam a gestão democrática e a consideração dos saberes locais, das culturas africanas, afro-brasileiras, bem como combater o racismo e à discriminação.

10. 0 - CATEGORIAS DE CONTEÚDOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL
10.1 – Conteúdos Conceituais
Os conteúdos conceituais referem-se à construção ativa das capacidades para operar com símbolos, idéias, imagens e representações que permitem atribuir sentido à realidade. Desde os conceitos mais simples até os mais complexos, a aprendizagem se dá por meio de um processo de idas e vindas, avanços e recuos nos quais as crianças constroem idéias provisórias, ampliam-nas e modificam-nas, aproximando-se gradualmente de conceitualizações cada vez mais precisas.
O conceito que uma criança faz do que seja um cachorro, por exemplo, depende das experiências que ela tem que envolvam seu contato com cachorros. Se num primeiro momento, ela pode, por exemplo, designar como “Au-Au” todo animal, fazendo uma generalização provisória, o acesso a uma nova informação, por exemplo, o fato de que gatos diferem de cachorros, permite-lhe reorganizar o conhecimento que possui e modificar a idéia que tem sobre o que é um cachorro. Esta conceitualização, ainda provisória, será suficiente por algum tempo – até o momento em que ela entrar em contato com um novo conhecimento.

10.2 – Conteúdos Procedimentais
Os conteúdos procedimentais referem-se ao saber fazer. A aprendizagem de procedimentos está diretamente relacionada à possibilidade de a criança construir instrumentos e estabelecer caminhos que lhes possibilitem a realização de ações. No que se refere à educação infantil, saber manipular corretamente os objetos de uso cotidiano que existem à sua volta, por exemplo, é um procedimento fundamental, que responde às suas necessidades imediatas para inserção no universo mais próximo. É o caso de vestir-se ou amarrar-se os sapatos, que constituem em ações procedimentais importantes no processo de conquista da independência.

10.3 – Conteúdos Atitudinais
Os conceitos atitudinais tratam de valores, normas e das atitudes. Conceber valores, normas e atitudes como conteúdos, implica torná-los explícitos e compreendê-los como passíveis de serem aprendidos e planejados. Para que as crianças possam aprender conteúdos atitudinais é preciso que todos reflitam sobre os valores que são transmitidos cotidianamente e sobre os valores que se quer desenvolver. A falta de coerência entre o discurso e a prática é um dos fatores que promove o fracasso do trabalho com valores. . Nesse sentido, dar o exemplo evidencia que é possível agir de acordo com valores determinados.

11.0 - ORGANIZAÇÃO DO CURRÍCULO
As atividades devem ser organizadas através de interações e brincadeiras entre as crianças, nos âmbitos de Formação Pessoal e Social e Conhecimento de Mundo.

11.1 - Formação Pessoal e Social
A Formação Pessoal e Social permeia todas as atividades permanentes nos diferentes momentos da rotina: recepção, alimentação, banho, brincadeiras, sono ...
Os conteúdos são organizados em torno da formação da Identidade e Autonomia das crianças, com a abordagem dos seguintes aspectos de formação: autoestima; escolha; faz de conta; interação; imagem; cuidados; segurança; nome; independência e autonomia; respeito à diversidade e identidade de gênero.
Brincar é fundamental para o desenvolvimento da identidade e autonomia. No começo, a criança se comunica por meio de gestos, sons, expressões de sentimentos. Mais tarde representa papéis nas brincadeiras de faz-de-conta, desenvolve a sua imaginação, atenção, imitação e memória. Essas brincadeiras proporcionam o amadurecimento de algumas capacidades de socialização, através da interação e da utilização e experimentação de regras e papéis sociais.
A construção da identidade e autonomia da criança depende do aumento da confiança em si própria, do exercício de escolhas e do desempenho da algumas pequenas responsabilidades.       
O desenvolvimento das relações afetivas nas diversas relações é fundamental e depende das oportunidades oferecidas às crianças para que se sintam aceitas, ouvidas, cuidadas e amadas.
A qualidade do processo de socialização depende da forma de organização dos espaços, materiais, atividades e do contato entre crianças de diferentes faixas etárias e origens socioculturais.

11.2 - Conhecimento de Mundo/Movimento
Nos primeiros anos as crianças estão em pleno desenvolvimento motor. O bebê realiza importantes conquistas no plano de sustentação do próprio corpo: virar-se, rolar-se, sentar-se, ficar em pé com apoio, ficar em pé sem apoio etc. Antes de andar, a criança desenvolve formas alternativas de locomoção, como arrastar-se ou engatinhar. Quando aprende a andar, a criança fica encantada e começa a andar de um lado para o outro sem um destino. Com o amadurecimento do sistema nervoso, o andar se torna cada vez mais seguro e estável, desdobrando-se em atos de correr, pular.

11.3 - Conhecimento de Mundo/Artes Visuais
As crianças podem apreciar obras de arte através da leitura das imagens estabelecendo relações com o seu universo. O fazer artístico ocorre pela manipulação de objetos e materiais (giz de cera, lápis de cor, tinta guache, brochas, tintas espessas, massas) e suportes diversos como papelão, cartolina, sulfite, caixas de sapato.
A criança pode manipular diversos materiais, perceber marcas, texturas, gestos, cores. O contato com massas e tintas possibilita o descobrimento de propriedades, transformações e possibilidade de registro. Desenhos e pinturas podem ser feitos em suportes variados e de diferentes tamanhos que permitam a exploração da dimensão espacial.

11.4 - Conhecimento de Mundo/Música
Ambiente sonoro e presença de música nos diferentes momentos do cotidiano proporcionam o início do processo de musicalização de forma intuitiva.
Melodias curtas, cantigas de ninar, brincadeiras cantadas, com rimas, parlendas, provocam encanto nas crianças que tentam imitar e responder, criando momentos significativos de desenvolvimento afetivo e cognitivo.
A música é um instrumento importante na aquisição de linguagens  e noções de matemática.

11.5 - Conhecimento de Mundo/Linguagem Oral e Escrita
A aprendizagem da fala ocorre por meio das interações que a criança estabelece desde o nascimento, nas conversas com o bebê nos momentos de banho, alimentação, de troca de fraldas. A importância que o professor atribui aos esforços de comunicação empreendidos pelo bebê, fornece elementos para que ele perceba a função comunicativa da fala e desenvolva a sua capacidade falar. A utilização da fala pelas crianças depende das experiências de utilização da linguagem oral: conversas constantes, rodas de conversa, rodas de história, leituras, escutas, falas, interpretação e representação de histórias ...
Oferecer o contato com a linguagem escrita desde os primeiros meses desenvolve na criança o interesse e a curiosidade por essa linguagem, e também proporciona o inicio da construção de uma relação prazerosa com a leitura.
O gosto pela leitura é adquirido através do manuseio de livros, materiais impressos diversos, revistas e enredos que apresentam objetos, figuras, animais, espaços e personagens comuns do universo infantil.
O objetivo do professor é a aquisição da habilidade de fala e leitura com autonomia pela criança.

11.6 - Conhecimento de Mundo/Natureza e Sociedade
Através da observação e exploração do meio, a criança começa a construir as primeiras noções a respeito das pessoas, do seu grupo social e das relações humanas. O contato com os pequenos animais, como formigas e tatus-bola, peixes, tartarugas, patos, passarinhos, cachorros, gatos, pode ser proporcionado por meio de atividades que envolvem observação, troca de idéias entre crianças, o cuidado e a criação com a ajuda do adulto.
Proporcionar pequenas experiências de ciências naturais.
Cuidar de plantas e acompanhar o seu crescimento são atividades interessantes para as crianças.
Promover a interação, o cuidado, a preservação e o conhecimento da biodiversidade e da sustentabilidade da vida na Terra.
Incentivar ações que evitem o desperdício dos recursos naturais.
As brincadeiras, músicas, histórias, jogos e danças tradicionais da comunidade favorecem a valorização da cultura de seu grupo.
Valorizar os costumes da tradição popular.

11.7 - Conhecimento de Mundo/Pensamento Lógico-Matemático
Na vivência do cotidiano a criança experimenta os primeiros conceitos matemáticos através das brincadeiras e relações com os espaços e outros crianças: dentro-fora, grande-pequeno, maior-menor, escuro-claro etc. Construir torres com blocos de madeira ou encaixe são formas de representar o espaço numa outra dimensão.
Brincar com diversos bichinhos, carrinhos e outros objetos propicia a formação de diversos conceitos matemáticos, como: longe, perto, em cima, embaixo, grande, pequeno etc.
O contato com os números pode ser feito através dos objetos e brinquedos que contenham números: telefone, máquina de calcular, calendário, relógio etc. e musicas com contagem oral. As cantigas e rimas infantis, envolvendo contagem e números, são excelentes formas de aproximação com a seqüência numérica e oral.

12.0 - ESTRATÉGIAS DE ENSINO
12.1 – Relacionamento Pessoal
12.1.1  - Educadores (Professores e demais Funcionários)
Manter relações de trabalho cordiais, cooperativas e afetivas.
Respeitar e cooperar no desenvolvimento das atividades.
Ajudar as pessoas da equipe quando enfrentam dificuldades ou problemas sérios.

12.1.2 – Equipe Escolar e Pais ou Responsáveis
Cultivar um clima de cordialidade, cooperação, respeito e profissionalismo entre os membros da Equipe Escolar e as Famílias e/ou Responsáveis, com foco nas necessidades de desenvolvimento integral das crianças...

12.2 – Acolhimento
12.2.1 – Matrícula
Receber bem os pais ou responsáveis no ato da matrícula, sanando dúvidas.
Realizar a matrícula e entrevista compartilhando informações sobre a vida da criança.
Apresentar a escola, seus espaços e funcionários, de forma cordial.
Considerar adaptação sobre o aspecto de acolher, aconchegar, amparar, oferecer bem-estar, conforto físico e emocional.
Compartilhar com os professores e funcionários os dados da criança, suas necessidades, antes de sua chegada.
Agendar reunião com os pais das crianças novas.
Transmitir segurança aos pais que deixam as crianças na escola.
Registrar em livro próprio da classe o nome e o telefone das pessoas autorizadas a retirar a criança.
Verificar as restrições alimentares e de saúde.
Orientar os pais sobre a preparação da vinda da criança à escola, as atividades que serão desenvolvidas e, principalmente, dizer à criança que a escola é um lugar de fazer amizades e aprender.
Detalhar a rotina da escola, horários de chegada, saída, banho, alimentação, sono, atividades etc.
Orientar os pais sobre a necessidade de respeito aos horários de entrada e saída e que evitem faltar para não atrapalhar a adaptação.

12.2.2 - Alunos com Necessidades Educacionais Especiais
Assegurar aos alunos da educação especial o pleno acesso, permanência e efetiva participação no ensino regular em classes comuns, em igualdade de condições com os demais alunos.

12.2.3 - Organização das Salas ou Ambientes de Aprendizagem
Organizar ambientes limpos e decorados, contendo colchões para o sono e repouso das crianças, almofadas para as rodas de conversa e histórias. Manter os banheiros limpos e em bom funcionamento. Preocupar com a higiene sem impedir a criança de brincar e se divertir espontaneamente.
Organizar espaços, pessoas e atividades com o objetivo de promover a alegria e a felicidade das crianças e dos funcionários.
Arrumar as salas de forma a facilitar as brincadeiras espontâneas.
Oferecer berço, cercado (berçários) ou colchonetes (maternais) bebê conforto, calça com enchimento, almofadas, bancos, diversos brinquedos de sucatas, móbiles.
Dividir a sala em cantos para favorecer a interação entre as crianças: tatame ou tapete com espelho, casinha, cabana ou tenda, caixas de diferentes tamanhos, tapete sensorial, painel com gravuras e kits de jogos e brinquedos.
Utilizar pantufas para a permanência no berçário, evitando o risco de contaminação através de calçados, pois as crianças ficam a maior parte do tempo no chão.
Manipular alimentos na cozinha, refeitório ou lactário, jamais na sala/berçário.
Lavar semanalmente e expor ao sol, com freqüência, almofadas, travesseiros, brinquedos de tecido e colchonetes.
Limpar o chão, duas vezes ao dia, e sempre que necessário.

12.2.4 - Recepção na Classe        
Oferecer atenção individual quando a criança chegar à escola.
Manter um professor de referência para recepcionar a criança.
Receber os pais, transmitindo-lhes segurança e tranqüilidade, perguntando como está o bebê, se há uma recomendação especial, se a criança se alimentou em casa ou sobre medicamentos.
Aumentar a confiança entre pais e professores pela troca de informações sobre a criança.
Receber o bebê em contato físico afetuoso, conversando, brincando, chamando pelo nome, para garantir um vínculo afetivo que transmita segurança para a criança.
Oferecer atenção especial para a criança que chega chorando, não quer ficar na escola. Chamar um amiguinho para ficar perto, propor uma brincadeira, pegar no colo, sentar próximo da criança no chão.    
Colocar músicas infantis em volume baixo para recepcionar as crianças.
Preparar o grupo para receber o novo coleguinha
Possibilitar livre acesso de pais e mães para que possam conhecer e ganhar confiança na escola.
Ter cuidado no que contar da criança aos pais, para não preocupá-los em demasiadamente.
Permitir a presença da mãe e/ou do pai nos primeiros dias da criança na escola.
Reconhecer as dificuldades enfrentadas pelos pais e educadores no período de adaptação da criança na escola.
Compreender as reações emocionais típicas dos pais neste período, como angústia, insegurança, desconfiança, evitando sentimentos de raiva, pena, desprezo e rivalidade.
Flexibilizar rotina e horários
Aumentar gradativamente o período de permanência da criança na escola, levando em consideração a aceitação de cada criança
Permitir que a criança traga um objeto querido de casa para ajudá-la na adaptação: uma boneca, um carrinho, um brinquedo, uma chupeta, um travesseiro, um “cheirinho” etc.
Reconhecer que uma conversa aberta e franca com os pais é o melhor caminho para superar as dificuldades.
Observar com atenção a reação dos bebês e de seus familiares durante o período de adaptação.
Não deixar a criança insegura, assustada, chorando ou apática, sem atenção e carinho.
Realizar orientações específicas sobre a alimentação de bebês e crianças durante a adaptação.
Observar com atenção a saúde das crianças, alergias, aspectos físicos e psicológicos.
Observar as crianças que estão muito quietas ou choram muito, tem dificuldade na alimentação e sono, conversar com os pais e procurar alternativas para a adaptação.
Considerar que o período de adaptação pode ser longo.

12.3 - Comunicar Intercorrências
Pedir explicações aos pais ou tomar providências quando as crianças aparecem machucadas ou amedrontadas na escola.
Registrar em livro e comunicar fatos relevantes ocorridos no interior da escola.
Garantir a dignidade da criança como pessoa humana e a proteção contra qualquer forma de violência – física ou simbólica – e negligência no interior da instituição.
Registrar e comunicar às autoridades competentes casos de maus-tratos e violência contra a criança.

12.4 – Oferecer Atenção Individual
Chamar a criança pelo seu nome.
Respeitar o sentimento da criança. Oferecer carinho, apoio e demonstrar com gestos o quanto é amada, principalmente quando está triste, chorando, retraída ou com olhar parado.
Possibilitar o reconhecimento de sua identidade pessoal e formação de autonomia para a expressão de suas necessidades e desejos.
Possibilitar o desenvolvimento da autoestima da criança, incentivando-a a gostar de seu corpo e de sua aparência.
Comemorar o aniversário da criança. 
Reconhecer que cada criança possui o seu tempo e ritmo. Procurar não interromper bruscamente as atividades das crianças.
Oferecer conforto e apoio sempre que as crianças precisarem.
Respeitar os costumes religiosos das famílias.

12.5 – Respeitar a Criança como Cidadão de Direitos
Evitar situações em que as crianças se sintam excluídas.
Evitar comentar assuntos relacionados com a criança e seus familiares na presença delas.
Aproveitar a energia das crianças agitadas para a cooperação nas atividades, sem discriminar ou punir.
Respeitar os momentos de privacidade e quietude das crianças.
Reprovar o uso de apelidos que discriminem outras crianças.
Respeitar as amizades infantis.
Impedir qualquer tipo de discriminação, seja de indivíduos com necessidades educacionais especiais, gênero, etnia, raça, cor, opção religiosa, cultura, estado civil, composição familiar diversa, estilo de vida diversificado, profissão etc.

12.6 – Reconhecer Sentimentos e Necessidades das Crianças
Ajudar a criança a desenvolver seu autocontrole e aprender a lidar com seus impulsos e desejos.
Carregar os bebês e as crianças pequenas no colo ao longo do dia, propiciando interação, acolhimento e afetividade.
Observar a linguagem dos bebês pelo olhar, pelo choro, pelo corpo e verbalizações, a fim de compreender e planejar o cotidiano.
Identificar os interesses e necessidades das crianças.

12.7 – Disciplina e Obediência de Regras
Explicar os motivos do que é certo ou errado.
Corrigir sem penalizar, não deixar de castigo, nem pedir para pensar, mas explicar os motivos dos comportamentos e atitudes não aceitos na escola.
Incentivar o perdão entre as crianças.
12.8 – Proporcionar Contato com a Área Externa
Proporcionar vivências lúdicas nos pátios externos, fora dos berçários, favorecendo a interação entre crianças de diversas faixas etárias e os demais educadores.
Utilizar o espaço externo com árvores ornamentais e frutíferas.
Oferecer oportunidade de contato com areia, pedrinhas, gravetos e elementos da natureza.
Oferecer “banho de sol”, no período da manhã, para os bebês, nos solários, de forma interativa entre as crianças de diversas faixas etárias, desenvolvendo atividades de música, manipulação de objetos, bolinhas de sabão etc.
Promover interferências no momento do parque com atividades na casinha, velotrol, bolinhas de sabão, dança som de músicas, brincadeiras de roda, piquenique etc.
Oferecer brincadeiras livres e dirigidas.
Garantir a segurança da criança na área externa, evitando brinquedos e materiais que ofereçam riscos.
Passear pelo bairro, visitar parques, observar padarias, oficinas, praças, casas, quintal, animais etc.
Aprender a observar, amar e preservar a natureza.
Incentivar nossas crianças a observar e respeitar os animais.
Promover comemorações de festas tradicionais da cultura brasileira: carnaval, páscoa, dia das mães, festa junina, dia dos pais, dia das crianças, natal etc.
Visitar locais significativos de nossa cidade: parques, exposições etc.

12.9 - Brincar e Aprender 
12.9.1 - Faz-de-Conta
Aos 15 meses, as crianças começam a usar os objetos de acordo com os seus significados afetivos ou convencionais (escova para pentear-se, colher para comer).
Entre 15 e 21 meses, a criança realiza ações sobre os objetos imaginários, são as primeiras formas do jogo simbólico, a ação do fazer de conta, o uso não literal dos objetos, que vai se tornando cada vez mais complexo, aumenta a representação dos substitutos simbólicos.
Aos 2 anos e meio, a representação simbólica se torna mais elaborada e a criança é capaz de construir cenários imaginários no qual dramatiza sequenciais de ação sempre mais longas.
Os bebês aprendem através da exploração e da brincadeira. O papel do brinquedo é guiar a ação lúdica, ajudar a criança a compor a brincadeira, ser os acessórios dela.

12.9.2 - Brinquedos e Brincadeiras
Organizar brincadeiras com intencionalidade definida e estruturada.
Promover atividades livres e espontâneas.
Dispor o mobiliário lúdico de forma lógica.
Disponibilizar papéis e objetos diversos e em quantidade suficiente.
Organizar cantos possibilitando a intimidade da área em relação ao resto da classe.
Deixar os brinquedos sempre disponíveis, em locais de livre acesso.
Supervisionar as relações entre as crianças.
Demonstrar atenção e interesse pelas manifestações e expressões das crianças.
Observar o comportamento da criança no desenvolvimento de atividades com o objetivo de intervir ou oferecer propostas ou jogos mais complexos.
Ser companheiro e aliado das brincadeiras.
Participar das brincadeiras e orientar as crianças sobre o uso correto de brinquedos novos.
Oferecer cuidados e proteção mesmo quando as crianças brincam livremente.
Observar se o brinquedo oferece algum risco à criança, por estar quebrado, com pontas, descolado ou com algum objeto solto, retirando-o do uso.
Lavar periodicamente os brinquedos com água corrente e detergente neutro.
Ampliar as possibilidades de jogos e brincadeiras.
Guardar os brinquedos com carinho, de forma organizada, nos lugares apropriados, de preferência, com a ajuda das crianças.

12.10 – Promover Interações entre as Turmas
Oferecer momentos de interação entre crianças de diversas idades/turmas para o desenvolvimento de novas habilidades.
Valorizar a cooperação e ajuda entre adultos e crianças.
Procurar proteger as crianças de eventuais agressões de outros colegas (mordidas, empurrões).

12.11 - Rodas de Conversa e História
Demarcar um espaço permanente e convidar as crianças para participarem, conversando sobre vários assuntos, introduzidos de acordo com alguma estratégia, como por exemplo: música, livro de história, caixa surpresa, álbum de gravuras, objetos, alguma pergunta desencadeadora da conversa etc.
Cantar e incentivar as crianças a cantarem e fazerem gestos, desenvolvendo a oralidade e a coordenação motora.
Ouvir as histórias das crianças. Valorizar a expressão dos seus pensamentos, fantasias, lembranças e sentimentos. Contar também as suas histórias, cantar e dançar livremente. Oferecer livros e revistas para o contato com as imagens e as palavras. Não deixar as crianças sem respostas, procurar responder as perguntas de forma lúdica. Estimular a curiosidade e a fantasia das crianças. Incentivar a fala das crianças, perguntando sobre suas experiências em casa e no bairro.

13.0 – Procedimentos de Cuidados e Higiene
13.1 - Banho
Ter clareza de que o banho faz parte das necessidades básicas da criança, sendo uma oportunidade de se criar o hábito da higiene.
Higienizar o trocador e box antes de cada banho.
Organizar o material e as roupas com antecedência, enquanto a criança fica na sala com outra professora.
Verificar a temperatura da água com a parte interna do antebraço.
Convidar a criança para tomar banho.
Transformar o banho em momento permeado de afetividade em que a criança construa uma imagem positiva de si própria pelos gestos de atenção e carinho proporcionados pela professora.
Tocar a criança com carinho e suavidade, permitindo que ela tenha contato com as sensações térmicas da água, brinque, toque e sinta seu próprio corpo.
Assegurar que o banho tenha privacidade e seja realizado sempre que necessário.
Considerar o banho como momento de aprendizagem, afetividade e interação.
Higienizar o corpo todo. Secar bem as dobras, espaços entre os dedos, região atrás da orelha.
Vestir a criança com roupas adequadas ao clima. Trocá-las de acordo com as mudanças da temperatura.
Manter as toalhas de banho diariamente limpas, secas, separadas e identificadas.
Observar e registrar possíveis alterações na pele durante o banho.

13.2 - Troca de Fralda
Respeitar o ritmo fisiológico da criança: no sono, nas evacuações, nas sensações de frio ou calor. 
Fazer a troca de fraldas mantendo um contato afetivo com o bebê, através do toque, do olhar e do diálogo.
Deixar ao alcance das mãos os materiais e vestuários a serem utilizados na troca (fraldas, pomada, lenço, roupas).
Utilizar materiais de higiene personalizados, toalhas de banho individuais, sabonetes etc. (Sabonete líquido e xampu podem ser utilizados coletivamente)
Dar banho na presença de fezes. Retirar a fralda suja, remover os restos de fezes com lenços umedecidos descartáveis, antes de colocar a criança na banheira ou no box.
Evitar o risco de acidentes, não utilizando adornos, como pulseiras, relógios.
Manter as unhas limpas e curtas.
Somente utilizar luvas em casos de extrema necessidade.

13.3 - Higiene do Corpo
Manter o corpo da criança sempre limpo e saudável. Verificar periodicamente se a criança precisa de cuidados de higiene. Limpar constantemente o corrimento nasal.
Ensinar as crianças a cuidar de seu próprio corpo e fazer a sua higiene. Não deixar a criança fazer a sua higiene sozinha no banheiro.
Limpar imediatamente superfícies, objetos e brinquedos, contaminados por fezes ou urina.
Lavar as mãos e o rosto das crianças antes e após cada refeição, em pequenos grupos.
13.4 - Higiene Bucal
Fazer a higiene bucal das crianças após as refeições. Higienizar a boca dos bebês, após o almoço, com gaze e água filtrada.
Observar as orientações do odontopediatra quanto a utilização de creme dental.
Contar histórias com fantoches ou outros meios, para incentivar a escovação.
Formar pequenos grupos para a escovação.

13.5 - Higiene da Chupeta e da Escova de Dente
Oferecer chupeta só quando a criança necessitar. Não deixá-la dependurada em fraldas e cordões.
Lavar chupetas e mordedores com água corrente e detergente neutro, antes de guardá-los em recipientes individuais devidamente fechados...
Secar as escovas e guardá-las com protetor, em recipientes individuais.
Providenciar troca de chupetas e escovas de dente, sempre que necessário.

14.0 – Doenças
Fazer prevenção de contágios e doenças. Procurar orientação de especialistas para o caso de crianças com dificuldades físicas, psico-afetivas ou de desenvolvimento. Dar exemplo cuidando de nossa aparência e higiene pessoal. Comunicar imediatamente a família quando a criança apresentar febre ou qualquer indisposição física e afetiva ou mudança de comportamento importante. Procurar orientação nos serviços de saúde sobre a prevenção de doenças contagiosa

15.0 - Oferecer Alimentação Saudável
Oferecer cardápio diversificado, de acordo com as necessidades da faixa etária, educando para uma dieta equilibrada e variada (pratos coloridos), sob a orientação de nutricionista.
Preparar bebidas lácteas e refeições diferenciadas para as crianças com restrição alimentar, de acordo com prescrição médica.
Oferecer sucos e alimentos frescos preparados na hora de servir.
Preparar os alimentos com amor, capricho e cuidado.
Manter as famílias informadas sobre a aceitação dos alimentos pelas crianças.  
Informar o cardápio semanal no mural de entrada da escola.
Ouvir sugestões dos pais sobre a alimentação das crianças.
Permitir que as crianças visitem a cozinha e participem de alguma atividade.
Conversar com as crianças sobre o cardápio do dia antes das refeições.
Proporcionar um ambiente tranqüilo e agradável durante as refeições. Oferecer a mesma quantidade de alimentos para todas as crianças, incentivando-as a comer, sem forçar Respeitar as preferências, ritmos e hábitos alimentares das crianças. Incentivar as crianças maiores a se alimentarem sozinhas.
Oferecer água filtrada em abundancia, especialmente nos dias quentes, para manter o corpo do bebê bem hidratado.

15.1 – Mamadeira
Valorizar o momento da mamadeira, segurando no colo o bebê, em posição inclinada com contato visual, demonstrando carinho, conversando com ele, fortalecendo o vínculo afetivo. Os maiores que já seguram a mamadeira, poderão mamar deitados, desde que se garanta um apoio que os mantenha inclinados, sempre sob a supervisão do professor. Ajudar na transição da mamadeira para o copo e a colher.

15.2 - Café da Manhã e Lanche da Tarde
Oferecer leite ou suco, preferencialmente no copo com furinhos, e posteriormente em canequinhas, para as crianças do berçário 2 em diante.
Servir bolachas, bolos, frutas, utilizando pegadores de alimentos.

15.3 - Almoço e Jantar
Oferecer os alimentos nos cadeirões para as crianças do berçário I. O professor deve respeitar o ritmo e hábito alimentar da criança.
Deixar as crianças maiores que já sabem andar e falar (berçário 2 em diante) se alimentar sozinhas, porém orientando-as sobre as formas corretas de segurar os talheres, os bons hábitos de se alimentar, incentivando-as a comer de tudo um pouco, possibilitando que elas façam as suas escolhas. Auxiliar as crianças que ainda não conseguem se alimentar sozinhas.
Respeitar o paladar da criança, não forçando-a a comer o que não gosta, nem em maior quantidade que necessita.
Compreender que o momento das refeições é um momento interativo, de muitas trocas, onde o olhar deve estar focado nas necessidades de cada criança.
Incentivar a criança a se alimentar com a fruta do dia, servi-la no refeitório, em utensílios adequados: pratos, tigelas, talheres, orientando, incentivando e auxiliando-a a comer cada vez mais com autonomia.

16.0 - Sono e Repouso
Conhecer as necessidades de sono de cada criança do berçário 1, pois é comum tirarem vários cochilos durante o dia.
Proporcionar em local confortável e seguro pelo menos uma hora de sono para as crianças maiores.
Colocar músicas clássicas, de ritmos tranqüilos, ou cantarolar suavemente uma música, para relaxamento.
Deixar as janelas abertas para ventilação.
Oferecer colchonetes impermeáveis e lençóis limpos.
Deixar espaço de 0,50 cm entre os colchões e colocar as crianças em posição inversa.
Propiciar o sono dos bebês em cercados ou colchonetes. Evitar deixá-los em carrinhos.
Oferecer cestos com brinquedos, livros, jogos de montar, para as crianças que estão acordadas.

17.0 - Hora da Saída ou Entrega da Criança
Planejar atividades que as crianças possam realizar com autonomia enquanto esperam os pais. Preparar um Kit de brinquedos para os horários de entrada e saída.
Organizar o material da criança: roupa, livro de recados, remédios, mochila...

Registrar no livro de recados e no livro de intercorrências da classe, as ocorrências importantes para ciência dos pais.
Arrumar a criança para a saída, pentear cabelos, trocar fraldas e roupas, se necessário.
Observar se a pessoa que veio buscar a criança é autorizada. Fixar uma lista com as pessoas autorizadas no mural da classe. Colher a assinatura da pessoa autorizada na ficha de controle de freqüência.
Atender os pais com atenção e discrição. Informar os pais sobre o dia da criança na escola, se há alguma recomendação no livro de recados.
Despedir-se da criança de forma afetuosa.

18.0 – Avaliação
Organizar estratégias de avaliação através do acompanhamento e dos registros das etapas alcançadas nos cuidados e na educação da criança, sem o objetivo de seleção, classificação e promoção, mesmo para o acesso ao Ensino Fundamental, garantindo:
I – A observação sistemática, crítica e criativa do comportamento de cada criança, de grupos de crianças, das brincadeiras e interações entre as crianças no cotidiano;
II – A utilização de múltiplos registros (relatórios, fotografias, filmes, desenhos, álbuns etc.);
III – A aprendizagem através da criação de estratégias adequadas aos diferentes momentos de transição das crianças (casa/instituição de educação infantil; transições nas turmas ou agrupamentos de crianças no interior da instituição; transição da modalidade creche/pré-escola e transição pré-escola/ensino fundamental);
IV – A documentação que permita o conhecimento pelas famílias do trabalho desenvolvido pela instituição junto às crianças, seu processo de ensino e aprendizagem;
V – O modo como foram realizadas as atividades propostas;
VI – As instruções e os apoios oferecidos às crianças individualmente e ao coletivo de crianças;
VII – A forma como o professor respondeu às manifestações e às interações das crianças;
VIII – Os agrupamentos que as crianças formaram;
IX – O material oferecido e o espaço e o tempo garantidos para a realização das atividades;
X – A identificação das estratégias e elementos que favorecem o aprendizado para fortalecer ou modificar as metodologias de ensino;
XI – O conhecimento das escolhas e preferências das crianças, das formas como participam das atividades e suas narrativas para o planejamento de atividades pedagógicas;
XII – A não retenção das crianças na educação infantil.
XII – Avaliação da criança sempre em relação a ela mesma, valorizando as suas conquistas.
Assis, 24 de junho de 2013

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